O jogo da parceria
Enquanto o Brasil se preparava para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, quatro profissionais de educação física tiveram contato com o programa Esporte para o Desenvolvimento e, juntas, conheceram uma nova dimensão do esporte. Animadas com a nova concepção, elas iniciaram o que hoje é o Instituto Esporte Mais, em Fortaleza.
“Até então, só entendíamos o esporte como ferramenta de saúde, lazer ou alto rendimento. A partir do momento em que vimos ele sendo utilizado para ensinar valores e habilidades socioemocionais, que serão utilizadas pelo resto da vida, o Instituto nasceu.
Nosso primeiro projeto foi de capacitação para ensinar essa nova visão do esporte a outros em Fortaleza. “Até então, só entendíamos o esporte como ferramenta de saúde, lazer ou alto rendimento. A partir do momento em que vimos ele sendo utilizado para ensinar valores e habilidades socioemocionais, que serão utilizadas pelo resto da vida, o Instituto nasceu.
Nosso primeiro projeto foi de capacitação para ensinar essa nova visão do esporte a outros profissionais da capital cearense”, conta Jessyca Rodrigues, presidente e Diretora Executiva do Instituto Esporte Mais.
As quatro profissionais percorreram o país com o curso, fazendo parcerias com outros programas e capacitando mais de 1.500 pessoas da área do desporto, desde treinadores e líderes sociais até gestores.
O objetivo do treinamento era explicar a concepção do esporte para o desenvolvimento. Paralelamente ao curso, as educadoras físicas decidiram pôr em prática os conhecimentos que estavam compartilhando.
Assim, foi criado o projeto Futebol pela Igualdade, que na época era chamado de TGA – Transformando Gols em Aprendizagem. “Decidimos realizar uma ação voltada para meninas e mulheres justamente por ser um grupo que enfrenta muitas barreiras, inclusive na prática esportiva.
A partir desse projeto, o Instituto começou a ganhar força, e tivemos a prova de que o esporte tem um forte potencial de promover a transformação social.

Percebemos que o desporto facilitava a educação das meninas e abria espaço para conversas e conscientização sobre temas difíceis de serem abordados, como violência contra a mulher, garantia de direitos e empoderamento feminino”, explica Jessyca.
Além do Futebol pela Igualdade, o grupo também realiza competições esportivas com torneios pedagógicamente adequados para crianças, adolescentes e mulheres, que fomentam a integração, o pleno desenvolvimento humano e esportivo, a cultura e a ludicidade.
“O Instituto Esporte Mais existe principalmente para contribuir com a promoção da igualdade de gênero, mas hoje ainda precisamos reduzir a desigualdade para promover a equidade”, afirma a presidente. Neste ano, o Instituto completa 10 anos de fundação.
Para celebrar a data, novos programas serão integrados à grade do Esporte Mais: o Skate Pela Igualdade, apoiado pela campeã olímpica Raissa Leal, e o Lutas pela Igualdade, que oferece aulas de judô, karatê, muay thai e krav maga.
“Esses projetos são voltados para meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social, mas todos os participantes serão instruídos sobre a igualdade de gênero para que possamos continuar agindo em prol da promoção da equidade”, explica Jessyca Rodrigues.